A Evolução dos Frameworks de Desenvolvimento de Software

Introdução: Descomplicando os Frameworks

• No desenvolvimento de software, eficiência, padronização e agilidade são essenciais.
• Os frameworks surgem como "esqueletos" reutilizáveis para facilitar o desenvolvimento.
• Evitam que cada projeto comece do zero.

Por que usar frameworks?

• Padronização: Impõem arquitetura e fluxo de trabalho.
• Produtividade: Reduzem código repetitivo.
• Manutenção facilitada: Código modular e organizado.
• Ex: como usar uma planta arquitetônica para construir uma casa — mais seguro e rápido.

Uma Breve História: Da Repetição à Reutilização

• Anos 1970–1980: Códigos repetitivos para tarefas comuns.
• Anos 1990: POO e padrões de projeto → surgimento de frameworks.
• Popularização do padrão MVC:
  • Model: lógica de negócio e dados.
  • View: interface com o usuário.
  • Controller: coordena ações entre Model e View.

Internet e a explosão das aplicações web

• Softwares se tornaram mais complexos e interativos.
• Frameworks passaram a fornecer:
  • Roteamento
  • Autenticação
  • Conexão com banco de dados
  • Componentização da UI

Java: A Robustez do Spring Framework

• Java EE: poderosa, mas complexa e pesada.
• 2003: Rod Johnson lança "Expert One-on-One J2EE Design and Development".
• 2004: nasce o Spring Framework.
  • Foco em simplicidade, modularidade e testabilidade.
  • Introduz IoC (Inversão de Controle) e DI (Injeção de Dependência).
• Spring se torna o padrão em backends corporativos com Java.

O que é um Framework?

• Um conjunto de ferramentas e bibliotecas que facilitam o desenvolvimento de software.
• Fornece uma estrutura padrão para a construção e a implementação de aplicações.
• Reduz a repetição de código e melhora a produtividade.

Frameworks Populares

Frontend:

• Angular
• Vue.js

Backend:

• Django
• Ruby on Rails
• Spring Boot
• Laravel
• Adonis
• Express.js
• NestJS
• Koa.js

Mobile:

• Flutter
• React Native
• Xamarin

Full-Stack:

• Next.js
• Laravel
• Symfony
• CodeIgniter

Frameworks Opinativos vs Não Opinativos

• Opinativo:
  • Fornece uma maneira específica e geralmente restrita de construir aplicações.
  • Promove convenções que devem ser seguidas.
  • Pode aumentar a produtividade ao reduzir a necessidade de decisões arquiteturais.

• Não Opinativo:
  • Oferece mais liberdade ao desenvolvedor para decidir como estruturar e organizar o código.
  • Mais flexível, mas pode exigir mais esforço para configurar e manter.
  • Ideal para projetos onde requisitos personalizados são necessários.

Frameworks Opinativos

Ruby on Rails

• Linguagem: Ruby
• Arquitetura: MVC
• Prós: Convenção sobre configuração, produtividade.
• Contras: Restritivo e menor performance.
• Melhor uso: MVPs, startups, CRUDs.

Django

• Linguagem: Python
• Arquitetura: MTV
• Prós: Segurança, ferramentas integradas.
• Contras: Estrutura rígida.
• Melhor uso: Aplicações web complexas.

Laravel

• Linguagem: PHP
• Arquitetura: MVC
• Prós: Sintaxe elegante, ecossistema rico.
• Contras: Pode ser pesado.
• Melhor uso: Sistemas completos em PHP.

AdonisJS

• Linguagem: JavaScript (Node.js)
• Arquitetura: MVC
• Prós: Inspirado no Laravel, integração com Node.
• Contras: Menor comunidade.
• Melhor uso: Web apps Node estruturados.

Next.js

• Linguagem: JavaScript / TypeScript
• Baseado em: React
• Prós:
  • Renderização híbrida: SSR, SSG e ISR.
  • Roteamento automático baseado em arquivos.
  • Suporte a API Routes e Full-Stack.
• Contras:
  • Curva de aprendizado para novos devs.
  • Maior complexidade em projetos grandes.
• Melhor uso:
  • Aplicações web modernas com SEO e performance.

Exemplo com Next.js

// pages/index.js
export default function Home() {
  return <h1>Olá, Mundo com Next.js!</h1>
}

// pages/api/hello.js
export default function handler(req, res) {
  res.status(200).json({ mensagem: 'API com Next.js!' })
}

• O arquivo pages/index.js representa a rota /.
• O arquivo pages/api/hello.js cria uma rota de API serverless /api/hello.

Frameworks Não Opinativos

Express.js

• Linguagem: JavaScript
• Arquitetura: Flexível
• Prós: Leve, grande ecossistema.
• Contras: Pouca estrutura, manutenção difícil em grandes projetos.
• Melhor uso: APIs RESTful, microserviços.

NestJS

• Linguagem: TypeScript
• Arquitetura: Modular
• Prós: Escalável, com suporte a microserviços.
• Contras: Mais complexo que Express.
• Melhor uso: Backends corporativos.

Koa.js

• Linguagem: JavaScript
• Arquitetura: Flexível
• Prós: Mais moderno que Express, leve.
• Contras: Menor comunidade.
• Melhor uso: Aplicações com foco em performance.

Symfony

• Linguagem: PHP
• Arquitetura: MVC
• Prós: Flexível e robusto.
• Contras: Curva de aprendizado alta.
• Melhor uso: Projetos empresariais em PHP.

Conclusão

• Frameworks aceleram o desenvolvimento e promovem boas práticas.
• A escolha depende do tipo de projeto, da equipe e da escalabilidade.
• Cada linguagem possui ecossistemas maduros e frameworks com abordagens únicas.